mulheres escritoras brabas felizes

Carolina Bataier
1 min readApr 10, 2024

--

cortei o cabelo e me arrependi. logo cresce. a vida tá corrida, às vezes um pouco azeda, mas sempre gostosa e meu paladar há tempos não é mais infantil. a cerveja tá boa, sempre, independente do mundo, bem lembrou agostinho carrara. a frase da vez circulando pelas redes é de algum famoso sobre não desejar uma vida feliz, mas uma vida interessante. certo ele. trupicar, mas não cair. envergar, mas não quebrar. se quebrar, colar os caquinhos com cola dourada, sabedoria japonesa para fazer brilhar as cicatrizes. outra frase falava sobre lar ser o lugar onde cessam nossas tentativas de fuga. eu criei o meu e ele vai comigo para onde eu for. pessoas também são lugares e eu detesto aquela música que diz que você é o seu próprio lar, mas essa é a única verdade naquilo tudo. nem triste, nem louca, nem má. alegre, sã, do bem, como escreveu uma moça no instagram. felizmente, superamos a era dos escritores tristes e agora somos mulheres escritoras brabas felizes furiosas inconformadas e desejosas.

escrevo nas brechas, entre reportagens, arrumação da casa, fraldas e tetês. este texto estava no instagram, mas gostei e trouxe para cá. é importante sentirmos orgulho da nossa escrita.

--

--